top of page

O que são os ultrassons usados em exames médicos?

Você sabia que a física está por trás do exame de ultrassom?

Spoiler: envolve ecos, ondas sonoras e até o efeito Doppler!

E não se preocupe se você não conhece alguma dessas coisas - nós te explicaremos melhor.


Introdução:  Quando a gente fala em ultrassonografia parece algo 100% médico, né? Mas por trás das imagens que vemos ali está um show de física acontecendo em tempo real.


Teoria: Tudo começa com som — mas não qualquer som.

 Quando algo vibra — como seu colega cantando uma música — essa vibração empurra as partículas de ar ao redor de vocês. Essas partículas, por sua vez, empurram as próximas, e assim por diante. Como uma corrente invisível, o ar carrega essa informação até o seu ouvido, onde seu cérebro transforma tudo em música. Isso é o som que conhecemos e ouvimos.

O aparelho usado nos exames, o transdutor,  emite ondas de som de altíssima frequência, chamadas de ultra-sons. Essas ondas estão acima de 20 mil Hz (além do que o ouvido humano pode captar). Elas penetram no corpo e são refletidas cada vez que encontram tecidos com densidades diferentes.


O transdutor envia o som e recebe os ecos de volta. A física desse processo envolve reflexão de ondas em interfaces — a reflexão das ondas em diferentes partes do seu corpo. A máquina então mede o tempo de ida e volta desses ecos e usa isso pra formar uma imagem! Estranho pensar isso, que o som vira uma imagem, mas é o que acontece, o eco que volta é traduzido em pixels para o médico.

 E tem mais: se o som encontra algo em movimento, como o sangue, ele sofre uma mudança na frequência — é o efeito Doppler.

 É o mesmo fenômeno que faz a sirene de uma ambulância soar diferente quando se aproxima ou se afasta. No exame, isso permite ver o fluxo sanguíneo em tempo real, com cores indicando a direção e velocidade do sangue.


Conclusão: O resultado? Uma imagem precisa e baseada em física de ondas.Cada ponto da imagem é uma informação vinda de um eco. A densidade (dos músculos, ossos) e o tempo que o eco leva pra chegar determinam o tons de cinza da imagem. 


Quando o som encontra tecidos mais densos (como ossos ou órgãos compactos), ele reflete muito,  o aparelho recebe um eco forte e essa parte da imagem fica mais clara.

Já em regiões com líquido (como o líquido amniótico ao redor do bebê), o som quase não encontra resistência e passa direto, sem refletir muito, isso gera um eco mais fraco e essa parte da imagem fica mais escura


O quanto de som é refletido depende da impedância acústica (Z) de cada tecido: 


Z=\pho . c

onde:

  • ρ é a densidade

  • c é a velocidade do som no tecido

Quando uma onda sonora encontra uma interface entre dois tecidos diferentes (com impedâncias acústicas Z 1 e Z 2 ), o coeficiente de reflexão (R):





Referências



Ultrassom Doppler e Fluxo Sanguíneo: https://www.cuf.pt/saude-a-z/eco-doppler




Comentarios


Campus I Lot. Cidade Universitária, PB, 58051-900

Membros em atividade:

Dr. Jesús P. López

Dr. Thierry Passerat De Silans

Fernanda Lourenço Dos Santos Morais

Gessiane Cipriano Galdino da Silva

Hugo Rodrigues Vasconcelos

Igor Pessoa de Miranda

Inês Barros Daltro Costa

Isaac Caze Nunes

José Lukas Montenegro Ferreira

Luis Eduardo De Souza Silva

Maria Isabel Ramos Santana

Apoios

image-removebg-preview (2).png
ufpb.webp
Logo do projeto Além do Laboratório. Lente com farol de João Pessoa no centro.

Receba as últimas notícias e atualizações da nossa página

Obrigado por participar!

© 2022 by Universidade Federal da Paraíba UFPB.

bottom of page